sexta-feira, 29 de julho de 2011

Bertrand Russell

"A civilização consiste (...) intelectualmente, certo mínimo de conhecimento geral, capacitação profissional e hábito de opinar baseado em provas; moralmente, de imparcialidade, cavalheirismo e um mínimo de autocontrole. Devo acrescentar uma qualidade (...) talvez fisiológica: entusiasmo e alegria de vida."

Bertrand Russell, no "Educação e disciplina".

segunda-feira, 25 de julho de 2011

domingo, 24 de julho de 2011

Necessidade

Pobre homem, tu te enganas
quando pensas que olham para ti.
Tu te equivocas ao pensar que há surpresas,
passagens secretas feitas em rochas sem memória.

E então tu procuras.
Cavuca a terra, olha sob um seixo,
entra em tua casa e mira os alfarrábios
como se algum deles contivesse matéria plena de sentido.

E não há. Ao menos não ainda.
Talvez nunca haverá, é impossível prever.

Teu caminho é tu quem faz,
mas sempre te faltarão lajes
e terras aplainadas que te sirvam.
Bem sabes disso, e procuras;
procuras sempre aquela que dará
lajes, plainas, olhares
para, quem sabe um dia,
seguirdes palmilhando a estrada.
Deverias te esquecer por um momento
que dois é mais que um.

Madrugada seca

Meu peito queima.

São bombas que não ouso rasgar,

embora queira rasgá-las.

Minha falta de crença tão sentida

e meu excesso de vontades

combinando-se pouco a pouco, em vias da reação fatal.

Meu ser humano, ser mineral, alcalino.

Meu pensamento, nada divinatório, me diz

Que em solo seco não surgem frutos do futuro.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Post pra testar o app do Blogger pro Android.

Pêndulo ao vento

Meus versos têm saído de trás pra frente nestes dias.

A vista enevoada ajuda - fazer poemas também é modelar nuvens - mas não ultimamente.

Começo a escrever sobre o garoto passando na calçada, me vejo descrevendo Shiva Nataraja.

Penso em feltro, vejo uma menina.

Embora não pareça, tudo entrelaçado por fios finos e longos ao largo numa estrada, prontos pra serem puxados e derramarem tudo sobre esse papel parado à minha frente.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O entre.

Entre o outro e o eu, um abismo.
Uma sinfonia de notas não tocadas
marcada numa pauta de possibilidades fugidias.
Um abismo, três passos, dez pontes,
cinco paços, dois poentes - que importa?

A distância é infinita.

Minha mão a alcançaria, se a levantasse,
mas não ouso.
Tudo a seu tempo, mesmo as pontes.

segunda-feira, 11 de julho de 2011