sábado, 8 de dezembro de 2012

Bela, inacessível



não lembro de nada de seu corpo
exceto por suas pernas finas de desenhista
por meus devaneios ou minha cara de basbaque
teus dedos ágeis trigonométricos
traçando assuntos no ar acompanhados
do menear veloz de cabeça, da boca em ricto.
no silêncio, ambas as mãos pousadas na bolsa sobre o colo.
a última lembrança:
uma foto na rua dos ingleses, sem número.

senda

pode a vida não ter sentido?
pode e não pode
de minha parte
ouso a busca, e há motivos e razão:
procuro fins e Substância
não tanto importando
se no princípio era o Verbo.