quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mais avulsos

Há momentos em que o tempo parece se comprimir, dobrar-se a uma vontade alheia e anônima. Hoje passei por algo assim, quando vi a aurora começar a sorrir por trás de uma árvore velha. Pássaros conversando e insetos indo embora, após a noite de vigília rodeando a lâmpada pública, também em frente à minha janela.

O desvelamento paulatino da luz é um efeito mais mágico do que físico; é rotação de um grau da roda, que, decerto, completará seu ciclo, quando, enfim, o recomeço - ou será o desfim? - tocar sua trompa e as coisas se refizerem, cada uma à própria imagem e talvez semelhança.

É incrível como eu escrevo asneiras quando estou com sono...

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu gostei. Em geral, as besteiras que a gente escreve com sono são as melhores. Ou pelo menos as mais elogiadas. Já passei algumas vezes por isso.

Abração,

Pablo
http://cadeorevisor.wordpress.com

Fernando disse...

Obrigado, Pablo. Eu gosto muito de escrever minhas bobagens em estado de vigília. Os freios se soltam!