Enquanto descia as escadas do metrô, uma expressão veio à mente: olhos de espera.
De quem, meus, do mundo? Não sei dizer. o que posso afirmar é meu costume de olhar objetos, portas, paredes, bancos de metrô, procurando ângulos diferentes, ou detalhes que normalmente outras pessoas não veem, na correria de formigas a que nós paulistanos estamos entregues.
Olhos de espera... Talvez eu os tenha mesmo, esperando que pequenas formas me digam algo sobre união ou conjunto. Respostas eu não espero e ao fim acho que observo as coisas apenas por observar, por costume bobo. Apesar desse juízo até certo ponto negativo, isso é algo que me diverte. Sempre há alguma fenda a ser perscrutada, um jogo de luz dançando num vitrô de alguma casa que visito, uma penumbra brincando em algum muro por aí.
Tenho minha visão particular das coisas, por vezes alienada e voltada para uma interioridade que, apesar de não me trazer problemas, condiciona meu modo de agir e de compreender (ou tentar compreender) aqueles à minha volta. Isso não me atrapalha muito ou impede-me de ter atitudes práticas. Como já disse, é apenas uma particularidade.
Enfim, uma pergunta: Olhos de espera, mas de quem ou do quê?
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