Não suporto mais a cidade, todo esse barulho, calor. Acordo para ir trabalhar e, já próximo, sinto um cadeado apertar-me a garganta, uma secura, poluição.
Todo esse barulho me faz mal, ao menos pela manhã. Ao chegar da tarde já estou integrado ao caos, por mais que soe (sou) contraditório.
O prédio onde trabalho tem quatro andares – trabalho no último. Não gosto de elevador, escada rolante...a escada rolante é a negação do movimento! Que venha abaixo a escada rolante!...
Entre o falso e o costumaz me esgoto
Vivendo numa quase-cidade: esgoto.
Mirando o meio-fio desengulo o desgosto.
Vivo pois assim, numa coisa
estranha que em mim cria
sensação de não sei dizer.
Cidade, às vezes acho que te odeio.
Esta luta diária me deixa lento, mole e murcho. Só me dá vontade de olhar pro céu, pra rua, ver as pessoas passarem, todas com pressa...
Um comentário:
Nando, a-mei esse texto!
Continua, continua!!
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